Les recomendamos el artículo de Jesús Chueca en «Jornal de Notícias» del 4 de marzo de 2022: «PP faz acordo com extrema-direita para governar», en el que colabora nuestra Vicedecana, Inés Moya de la Calle, y nuestro compañero y miembro de la Junta de Gobierno, Pedro Villanueva.
«PP faz acordo com extrema-direita para governar»
Eleições antecipadas em Castela e Leão e mudança de liderança popular precipitam alterações na oligação que governará a região.
ESPANHA A insuficiente vitória do Partido Popular para governar sozinho Castela e Leão obriga-o a escolher entre dois caminhos antagónicos: formar um executivo à direita coligado com o Vox ou convencer o Partido Socialista a abster-se. O presidente em funções, Alfonso Fernández Mañueco, mostrou preferência de pactuar com a extrema-direita, a verdadeira vencedora das eleições antecipadas, conseguindo 13 representantes. A soma de assentos entre PP (31) e Vox assegura maioria suficiente para governar na Câmara. Desta forma, os populares mudam de parceiro de coligação, após os últimos três anos de governo com Cidadãos.
A estratégia a seguir com a extrema-direita é um dos pontos mais polémicos no seio do Partido Popular, que, depois da crise interna no PP faz acordo com extrema-direita para governar último mês, foi ultrapassado pelo Vox nas sondagens. Pablo Casado à frente do partido recusou acordos com o Vox, mas com a sua saída os planos poderão ser mudados.
Castela e Leão será o primeiro governo a plasmar as ideias da nova liderança popular, formada por Alberto Núñez Feijóo, presidente da Galiza e favorito a líder do partido, e Isabel Díaz Ayuso, presidente da Comunidade de Madrid. “Castela e Leão não tem líderes com carisma para deixar o Vox sem poder nas urnas. Feijóo e Ayuso criaram nas suas regiões novas esperanças nos votantes para apagar a irrupção da extrema-direita”, explica ao JN o politólogo Pedro Villanueva.
PEDIDO DE VICE-PRESIDÊNCIA
O Vox exigiu ao PP a vice-presidência de Castela e Leão para se converter num parceiro de coligação, tal como o Cidadãos na anterior legislatura. Para manter uma maior fidelidade ideológica dos votantes, o Vox também pediu a derrogação das leis de memória histórica e violência doméstica, mas Mañueco
travou os pedidos da extrema-direita, garantindo que o seu “Governo não será racista, nem machista”.
“O Vox relaxou o discurso e tenta convencer o PP para presidir o Parlamento autonómico. Mañueco
tem liberdade de Madrid para pactuar com quem quiser”, analisa Villanueva, membro do Colégio de
Politólogos de Castela e Leão. O PP parece ter descartado os socialistas, que ocuparão 28 assentos,
apesar do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, ter estendido a mão para um grande acordo em troca do
rompimento com a extrema-direita em todo o país. As conversações entre Luis Tudanca (PSOE) e
Mañueco quebraram-se numa reunião, na qual o popular se levantou quinze minutos, após um comentário do socialista sobre corrupção.
As eleições também confirmaram a ascensão dos partidos regionalistas. Soria Ya!, União do Povo Leonés e Por Ávila obtiveram sete lugares, sendo as candidaturas mais apoiadas nas respetivas províncias,
tirando cada vez mais votos aos dois grandes partidos. “Castela e Leão envelhece e morre. Durante
os últimos 35 anos governados pelo PP, a região perdeu 200 mil habitantes, o que faz com que a população se sinta desprotegida pelo bipartidarismo”, afirma a socióloga Inés Moya de la Calle. O despovoamento será um dos desafios do próximo Executivo, juntamente com a fuga de talento, as pensões, a melhora do tecido empresarial e a diminuição da taxa de desemprego.
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